Quem lê um jornal, freqüentemente se depara com notícias do tipo: o planeta Terra está aquecendo, as geleiras estão derretendo, os rios contaminados matam peixes e intoxicam a população local, o buraco na camada de ozônio e os gases do efeito estufa preocupam os cientistas. Essas e outras notícias, de tão exaustivamente batidas, acabam passando como qualquer outra, mas a questão é: até quando vamos ignorar um pedido de socorro do nosso planeta? Será que teremos que esperar a água de nossas casas acabar ou o calor se tornar insuportável? Devemos aguardar que as conseqüências batam a nossa porta de forma inexorável para só então percebermos o quanto fomos inconseqüentes e irresponsáveis com o patrimônio natural que nos foi presenteado?
Infelizmente, nós seres humanos, de uma forma geral, nos consideramos superiores a tudo e a todos que habitam o planeta. Essa pretensa superioridade não nos permite enxergar que somos tão dependentes da saúde do ambiente quanto um peixe é do oxigênio contido na água. A tendência à superioridade, somada à ganância incondicional, nos tornaram as maiores ameaças à vida no planeta. Além de destruir a grande biodiversidade do planeta, seremos vítimas de nossos próprios erros e vamos sofrer fortemente as conseqüências.
A falta de conscientização e respeito do ser humano contribui sobremaneira para a degradação ambiental acelerada. O desperdício e mal uso dos recursos naturais, o errado descarte de lixo e outros resíduos, o aumento de gases emitidos para a atmosfera e o desmatamento descontrolado são apenas alguns exemplos de desenvolvimento insustentável.
Dados obtidos de pesquisas que têm sido realizadas no mundo inteiro, revelam que o Planeta Terra está sofrendo diariamente com as intervenções causadas pela ações antrópicas. As reações que presenciamos nos últimos anos nos mostram que a natureza responde de maneira drástica. “É bem provável que tenhamos de enfrentar uma catástrofe ecológica no próximo século, a não ser que mudemos nosso estilo de vida, nossa economia e nossas instituições. A parte mais importante do novo paradigma consiste em construir uma sociedade que nos permita satisfazer as necessidades do povo sem destruir o sistema que nos sustenta e sem acabar com nossas reservas naturais. Enfim, uma sociedade na qual possamos nos manter sem destruir ou reduzir as oportunidades para futuras gerações” afirmou o físico quântico Fritjof Capra.
Lixo
A crescente preocupação com o meio ambiente tem levado algumas pessoas a mudar seus hábitos. A reutilização do lixo, objetivando a preservação ambiental, o incentivo à coleta seletiva e a reciclagem de diversos tipos de material já vêm sendo adotados nas principais sociedades. Isto porém ainda não é o bastante. O desperdício é enorme e ecologicamente incorreto. Somente nos Estados Unidos são gerados 200 milhões de toneladas de lixo por ano, uma média de 725 quilos por habitante. Mesmo quando comparado com a capital do Brasil, que é quem mais desperdiça lixo, esse número é alarmante. Brasília produz 438 quilos por habitante por ano. Que dirá quando comparado aos países africanos, cuja média de consumo por habitante é 40 vezes menor do que a americana.
Uma criança nascida em um país industrializado colabora para o desperdício e a poluição ambiental na mesma proporção que 30 a 50 crianças nascidas nos países em desenvolvimento. Com o crescente aumento populacional e o consumismo em ritmo acelerado, a tendência é produzirmos cada vez mais lixo. Se continuarmos jogando nosso lixo para fora de casa e não dermos uma solução sustentável para o problema, nossos netos ou bisnetos precisarão de outro planeta para abrigar tanto lixo.
Segundo a ASMARE (Associação dos catadores de material reaproveitável), 64% dos municípios brasileiros destinam seus resíduos sem tratamento a lixões ou a cursos de água e em 20 % dos domicílios brasileiros, o lixo nem chega a ser coletado. Engana-se quem ainda pensa que o problema do lixo acaba na hora em que é deixado na porta de casa para coleta dos serviços de limpeza urbana. A maioria dos brasileiros não sabe para onde os resíduos são destinados e o que acontecerá com eles. Os diversos aterros sanitários e lixões hoje existentes no país já estão com suas capacidades esgotadas.
As praias são um outro exemplo de nosso descaso com a natureza. No últimos anos, as praias vêm se transformando em verdadeiros depósitos de lixo público. Além de as areias estarem acumulando materiais inorgânicos que podem levar até 100 anos para se degradar, como o plástico (veja tabela), suas águas estão cada vez mais poluídas e impróprias para o banho. Experimente caminhar no final da tarde de um domingo qualquer na praia e você não saberá se está em uma praia ou em um depósito de lixo. “O microlixo (bitucas de cigarros, canudinhos, tampinhas e etc) deixado na areia é um dos maiores vilões nas praias. De acordo com os relatórios que produzimos em nossas ações de limpeza de praia, são os campeões em quantidade coletada nas praias cariocas” afirmam Hildon Carrapito e Anna Turano, coordenadores do Projeto Limpeza na Praia, do Instituto Ecológico Aqualung. Esse projeto, uma iniciativa maravilhosa para dar conscientização ambiental nas praias através de multirões de limpeza, tirou no ano passado em um só evento, oito mil sacolas de lixo das praias cariocas.
Algumas dicas de como Reduzir
- Aproveite as duas faces das folhas de papel, tanto na escrita, quanto para impressão e fotocópias.
- Faça apenas o número necessário de fotocópias.
- Adote coadores, guardanapos e toalhas de pano.
- Revise textos na tela do computador antes de imprimi-los.
- Use envelopes só quando necessário.
- Recuse folhetos de propaganda que não forem de seu interesse.
- Faça assinatura comunitária de jornais e revistas.
- Compre a granel hortifrutigranjeiros, grãos e produtos de limpeza nas feiras e sacolões.
- Substitua descartáveis como copos, talheres, canudos e isqueiros por similares duráveis.
- Aproveite talos e folhas de verduras, cascas de frutas.
- Diminua o desperdício de alimentos e evite embalagens supérfluas, sofisticadas ou de difícil (isopor, caixas tipo longa vida) ou nenhuma (celofane, papel aluminizado) reciclagem no Brasil.
Algumas dicas de como Reutilizar
- Reaproveite envelopes, cartolinas e folhas de papel com verso livre para rascunho ou para imprimir documentos a serem enviados por fax.
- Utilize frascos e potes para outros fins.
- Reaproveite sobras de materiais de construção.
- Antes de descartar tente consertar os utensílios e aparelhos com sapateiros, costureiros, técnicos e restauradores ou transforme-os em outros produtos e doe-os a quem precisa.
Reduzir, Reutilizar e Reciclar
Quando nos preocupamos em diminuir o impacto do lixo, devemos sempre pensar nos três erres: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Reduzir o desperdício, reutilizar sempre que for possível antes de jogar fora e reciclar os materiais. Quando falamos em reduzir, nossa atuação pode começar desde o momento da compra. Deveríamos evitar a compra de produtos com exageros na embalagem, principalmente aquelas de isopor, papel celofane ou papel alumínio, que apresentam pouca ou nenhuma aceitação no mercado de reciclagem e levam muito tempo para se degradar no meio ambiente (veja tabela na página ao lado). Podemos também reduzir o desperdício através de pequenas ações em casa e no trabalho, como utilizar a frente e o verso das folhas de papel e reutilizar os copos descartáveis e os potes de vidros. Reciclar é, na verdade, separar para a reciclagem, pois os cidadãos comuns não reciclam (a não ser os artesãos de papel reciclado). A melhor alternativa para reciclar, contribuindo assim com um mundo mais limpo, é procurar uma entidade governamental, filantrópica ou uma cooperativa de catadores de lixo, que coletarão o lixo em sua casa ou condomínio (veja tome nota na página 8). A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desvia uma quantidade significativa de resíduos sólidos de seu destino para os aterros sanitários e minimiza o desperdício, permitindo a reciclagem e a reutilização. Com isso alguns objetivos importantes são alcançados: a vida útil dos aterros sanitários é prolongada e o meio ambiente é menos contaminado. Além disso, o uso da matéria prima reciclável diminui consideravelmente a demanda por recursos naturais.
No Brasil, já são mais de 500 mil catadores espalhados por mais de 3,8 mil municípios. Estima-se que os catadores sejam responsáveis por 90% dos materiais que alimentam as indústrias recicladoras. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Alumínio (ABAL) o Brasil desde 2001 se mantém como líder mundial na reciclagem de latas de alumínio. Mas não pense que isso ocorrre devido a um suposto alto nível de conscientização e eficiência ecológica brasileira. Essa posição se deve ao fato de termos no Brasil um exército de miseráveis sem alternativas que sobrevivem e sustentam suas famílias às custas da cata de latas de alumínio.
Reciclando, a humanidade poupa os recursos naturais, economiza energia, reduz a poluição, gera empregos e deixa as cidades mais limpas e agradáveis. De acordo com a ONU, Organização das Nações Unidas, uma tonelada de papel reciclado poupa cerca de 22 árvores, economiza 71% de energia elétrica e diminui a poluição do ar em 74%.
Aquecimento Global
Pesquisas em vários pontos do planeta confirmam que a Terra está sob processo de aquecimento. O aquecimento global é uma hipótese de que o aumento da temperatura da atmosfera é a conseqüência do aumento da emissão de gases estufa, principalmente o CO2, pelas atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis como carvão e derivados de petróleo, de indústrias, refinarias e motores automotivos. O aumento da emissão desses gases aumenta também a capacidade da atmosfera de aprisionar calor. Essa capacidade é conhecida como Efeito Estufa.
Este efeito, ao contrário do que muitos pensam, é um fenômeno natural e benéfico aos seres vivos. Quando se alerta para os riscos relacionados ao Efeito Estufa, o que está em foco é a sua possível intensificação causada pela ação do homem, alterando o clima na Terra.
A atmosfera do nosso planeta é constituída de gases que permitem a passagem da radiação solar e absorvem grande parte do calor (a radiação infravermelha térmica) emitido pela superfície aquecida da Terra. Graças a esse efeito estufa, a temperatura média da superfície do planeta mantém-se em cerca de 15°C. Sem o efeito estufa, a temperatura média da Terra seria de 18°C abaixo de zero. Portanto, o efeito estufa natural sempre foi benéfico ao planeta, pois criou todas as condições para a existência de vida.
A hipótese da intensificação do fenômeno é muito simples, do ponto de vista da física. Quanto maior for a concentração de gases, maior será o aprisionamento do calor e, consequentemente, mais alta a temperatura média do globo terrestre. A maioria dos cientistas envolvidos nas pesquisas climáticas, está convencida de que a intensificação do fenômeno, em decorrência das ações e atividades humanas, estão provocando esse aquecimento. Como não há concenso, o Efeito Estufa ainda continuará a ser objeto de muita discussão entre os cientistas e a sociedade.
Preocupados com o Efeito Estufa e seu impacto no aquecimento global, representantes de 160 países assinaram um acordo em 1997 para a redução da emissão de gases poluentes. O chamado “Protocolo de Kyoto” estipulou metas para a redução da emissão de gases poluentes nos países industrializados. Ainda que o presidente dos Estados Unidos se recuse a assiná-lo, o acordo tentará alcançar uma redução de 5,2% na emissão de seis gases até 2012 (CO2, CH4, N2O, HFCs, PFCs e SF6). Reuniões suplementares continuam sendo realizadas para tentar determinar os parâmetros finais do protocolo.As conseqüências do aquecimento global, envolvem questões complexas sobre as quais os próprios especialistas ainda não têm opinião formada. É muito difícil prever as mudanças climáticas, os prejuízos e custos da prevenção destas mudanças e planejar ações que possam minimizar os efeitos negativos. No entanto, os efeitos desastrosos já são apontados por especialistas do mundo inteiro e alguns já acontecem embaixo de nosso olhos, como o próprio El-ninõ. As previsões indicam um aquecimento dos mares, que provocará um grande degelo dos polos e o aumento do nível dos oceanos e, consequentemente, a inundação de várias áreas litorâneas. A umidade e o calor provocarão um aumento do número de insetos com o correlato aumento das doenças por eles transmitidas, como a malária. É prevista também uma redução das colheitas na maior parte das regiões tropicais e subtropicais, onde a comida já é escassa. Como se isto não bastasse, haveria um decréscimo da água disponível e, por outro lado, maior risco de enchentes em determinados locais. As áreas mais pobres do globo, por sua escassa capacidade de adaptação, serão certamente as mais vulneráveis. Essas são algumas das conclusões do Terceiro Relatório do IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change), um grupo organizado sob os auspícios das Nações Unidas com a finalidade de estudar as mudanças climáticas.
Faça sua parte, o Planeta não pode mais esperar!
Preserve a fauna - Evite comprar adereços que utilizem produtos de origem animal como penas, plumas, peles, marfim e ossos.
Denuncie o tráfico de animais - Evite ter animais silvestres como bichos de estimação e denuncie o comércio destes animais.
Preserve a flora - Evite comprar móveis ou outros utensílios feitos com madeiras de árvores ameaçadas de extinção, como mogno, imbuía, araucária, peroba, canela e marfim.
Substitua o palmito - Substitua o consumo de palmito juçara, cuja espécie está ameaçada de extinção, pelos palmitos de pupunha, açaí ou palmeira real.
Economize água - Evite o desperdício durante o banho, escovação dos dentes e lavagem de louça, e evite o uso da “vasoura hidráulica” na lavagem de calçadas e ruas.
Evite a contaminação da natureza - Procure consumir produtos cultivados sem o uso de defensivos agrícolas e prefira sempre os produtos reconhecidamente não-poluidores.
Seja um consumidor consciente - Evite adquirir produtos com excesso de embalagens descartáveis, pois consomem recursos em sua fabricação e aumentam muito a quantidade de lixo.
Não desperdice energia - Utilize a energia elétrica racionalmente, evitando deixar ligados aparelhos ou lâmpadas sem necessidade.
Não jogue lixo nas ruas, parques e praias - Veja quantos anos seu lixo pode manter-se na natureza (veja tabela na página 4) e pense que esse lixo pode não só contaminar o ambiente mas também pode levar vários animais marinhos à morte por ingestão. Tartarugas morrem no mundo inteiro ao confundir saco plástico com água viva. Se onde estiver não tiver lixeiras, coloque na bolsa e descarte-o em casa.
Ajude a diminuir a quantidade de lixo - Prefira sempre produtos feitos com material reciclado.
Recicle - Separe o lixo para reciclagem e agende sua coleta seletiva (veja como, no final da matéria).
Participe de projetos ambientais - Há inúmeros projeto onde você pode participar diretamente, como voluntário, ou indiretamente, como associado, contribuindo assim para a preservação ambiental.
Seja um educador ambiental - Transmita para as pessoas e crianças que você conhece a importância de preservar nosso meio ambiente.
Mata Atlântica
O desequilíbrio ambiental e climático já demonstra resultados negativos também para as nossas matas. Junto com o aumento da temperatura temos a previsão de uma diminuição significativa nos índices pluviométricos para as regiões de Mata Atlântica. Ou seja, dentro de 100 anos a área ocupada hoje pela Mata Atlântica será mais quente e mais seca. Isto se até lá não tivermos destruído o que sobrou de uma das matas mais ricas em biodiversidade do mundo. É a floresta mais rica do mundo em árvores por unidade de área, apresentando 454 espécies por hectare no sul da Bahia.
A destruição das florestas e a sua má utilização iniciou-se na época do descobrimento do Brasil. Quando os europeus desembarcaram em nossas terras a Mata Atlântica ocupava cerca de 15% do território brasileiro. Hoje, após uma assustadora devastação, a mata foi reduzida a apenas 7% da área original, ou cerca de 1% do território brasileiro. A situação crítica da Mata Atlântica fez com que a ONG Conservação International incluisse esse Bioma entre os cinco primeiros colocados na lista de Hotsposts __ 25 bioregiões selecionadas em todo o mundo, consideradas as mais ricas em biodiversidade e, ao mesmo tempo, as mais ameaçadas.
Historicamente, os setores agropecuário, madeireiro, siderúrgico e imobiliário pouco se preocuparam com o futuro das florestas ou com a conservação da biodiversidade. Pelo contrário, sempre agiram, e agem até hoje, objetivando o maior lucro em um menor tempo possível. O mais grave é que essa falta de compromisso com a conservação e estímulo ao desmatamento, historicamente, partiram dos próprios governos brasileiros. Amazônia
Não podemos deixar de mencionar também a forte ameaça que a Floresta Amazônica vem enfrentando. Mesmo sendo considerada (erroneamente) o pulmão do Planeta, suas florestas vêm sendo destruídas há anos por queimadas e desmatamentos, provocando perdas irreparáveis de espécies animais e vegetais.O Ministério do Meio Ambiente já comprovou que o desmatamento só tem aumentado, principalmente nos dois últimos anos. Cerca de 26.130 quilômetros quadrados foram devastados entre agosto de 2003 e agosto de 2004, e o grande vilão é a indústria madeireira. A região é a maior reserva de madeira tropical do mundo e exporta madeira principalmente para os países europeus. A Floresta Amazônica tem 5,5 milhões de quilômetros quadrados, abrigando um terço de todas as espécies vivas do planeta.
Cada espécie animal ou vegetal extinta representa um grave desequilíbrio no ecossistema local e uma enorme perda da biodiversidade mundial. Se falarmos na linguagem que esse setores da economia entendem, podemos comparar com o empresário que compra uma indústria e, sem ter nenhuma noção das funções de seus quadros, demite alguns funcionários a esmo. Correrá o sério risco de ver sua industria parada.
Águas e Oceanos
Os cientistas alertam: “a água potável será um dos primeiros recursos naturais a se esgotar nos próximos séculos”. Alguns países já se deram conta disso e competem ferozmente entre si por esse precioso recurso. Se no passado, as especiarias provocaram muitas guerras, imagine a falta de água. Já existem centenas de conflitos expalhados pelo Planeta. Os principais, como não poderia deixar de ser, estão na África e no Oriente Médio. Na América do Sul, os conflitos pelo uso da água estão concentrados em sua maioria no território brasileiro (Bacia Amazônica, Bacia da Prata, Aqüífero Guarani e Águas Costeiras).
As conseqüências da falta de água e sua contaminação já são uma realidade até mesmo no Brasil, um dos países mais rico em recursos naturais e hídricos do mundo. “Cerca de 89% das pessoas que estão nos hospitais foram vitimas da falta de acesso à água de boa qualidade” diagnostica o Ministério da Saúde.
As atividades industriais, mineradoras e agrícolas são as principais emissoras de poluentes tóxicos responsáveis pela contaminação da água. Entre as substâncias descarregadas, estão os compostos orgânicos do clorinato, minerais, derivados de petróleo, mercúrio e chumbo (todos provenientes das indústrias) e fertilizantes, pesticidas e herbicidas (da agricultura). Com as chuvas, esses poluentes são arrastados para os rios. Outra importante fonte de poluição são os esgotos. Nas cidades e regiões agrícolas, são lançados diariamente cerca de 10 bilhões de litros de esgoto que poluem rios, lagos e áreas de mananciais. Qualquer poluente que entre em contato com o solo ou com a água pode contaminar também os lençóis de água subterrâneos.
Os mares e oceanos recebem boa parte dos poluentes dissolvidos nos rios dos centros industriais e urbanos localizados no litoral. O esgoto, em geral, é despejado sem nenhum tipo de tratamento. O excesso de material orgânico no mar leva à proliferação descontrolada de microrganismos que acabam formando as chamadas marés vermelhas, que matam e intoxicam peixes e outros frutos do mar, tornando-os impróprios para a alimentação. Para piorar, um milhão de toneladas de óleo são despejadas por ano e espalham-se pela superfície dos oceanos, formando uma camada compacta que demora para ser absorvida e mata muitos animais.
Segundo Stjepan Kecknes, diretor do Centro de Programas de Atividades Oceânicas e Costeiras do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), oitenta e cinco por cento dos 20 bilhões de toneladas de material poluente despejados anualmente nos oceanos provêm dos continentes. Noventa por cento desse material permanece na área costeira, criando sérios problemas ambientais e de saúde.
Coleta seletiva - TOME NOTA
www.lixo.com.br - Neste site você encontra endereços de cooperativas de coleta de lixo reciclado em algumas cidades do Brasil
www2.rio.rj.gov.br/comlurb/serv_coleta.htm - A COMLURB (RJ) já conta com caminhões que coleta em vários bairros da cidade, semanalmente, lixo reclicavél. Entre em contato com eles e solicite que coletem em seu endereço pelo site ou pelo telefone: (21) 3209-1944.
Bibliografia: http://www.institutoaqualung.com.br/info_planeta_terra_62.html
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